IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA
https://www.leme.pt/magazine/efemerides/0708/nascimento-de-manuel-de-arriaga.html |
Para saberes mais podes assistir a estes vídeos:
RTP Ensina: https://ensina.rtp.pt/artigo/5-de-outubro-1910/
Sala do Girassol: https://youtu.be/2RB-zoTV9F0
A República Portuguesa foi proclamada em Lisboa a 5 de outubro de 1910.Nesse dia foi organizado um governo provisório, que tomou o controlo da administração do país, chefiado por Teófilo Braga, um dos teorizadores do movimento republicano nacional. Iniciava-se um processo que culminou na implantação de um regime republicano, que definitivamente afastou a monarquia.
Este governo, pelos decretos de 14 de março, 5, 20 e 28 de abril de 1911, impôs as novas regras da eleição dos deputados da Assembleia Constituinte, reunida pela primeira vez a 19 de junho desse ano, numa sessão onde foi sancionada a revolução republicana; foi abolido o direito da monarquia, e foi decretada uma república democrática, que veio a ser dotada de uma nova Constituição, ainda em 1911.
A implantação da República é resultante de um longo processo de mutação política, social e mental, onde merecem um lugar de destaque os defensores da ideologia republicana, que conduziram à formação do Partido Republicano Português (PRP), no final do século XIX.
O Ultimato inglês, de 11 de janeiro de 1890, e a atitude da monarquia portuguesa perante este ato precipitaram o desenvolvimento deste partido no nosso país.
https://www.museu.presidencia.pt/pt/conhecer/ |
BUSTO DA REPÚBLICA
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Como resultado do sentimento nacional profundo oriundo da humilhação sofrida pelo Ultimato imposto pelos Britânicos em 1890, surge, no mesmo ano, uma música de exaltação nacional - A Portuguesa - da autoria de Alfredo Keil (música) e Henrique Lopes de Mendonça (letra). Devido ao seu forte carácter patriótico, apesar de ter sido proibida após o 31 de janeiro de 1891, nunca caiu no esquecimento e foi escolhida como hino republicano em 1911.
Embora se desconheçam provas concretas de tal, diz-se que o verso "Contra os bretões marchar, marchar!", faria parte da versão original e foi modificado para "Contra os canhões marchar, marchar!".
I
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
II
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
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