quarta-feira, 28 de novembro de 2012

AUTOR DO MÊS


ESTE MÊS O ESCRITOR ESCOLHIDO É....    JÚLIO VERNE

APARECE E VEM CONHECER AS SUAS OBRAS NO EXPOSITOR NA ENTRADA DA TUA BE.
 
 
 

LER ALTERA O CÉREBRO

 
O cérebro de um adulto muda tanto como o de uma criança, quando aprende a ler.

Cientistas e voluntários portugueses participaram num estudo internacional inédito sobre os efeitos da leitura no córtex cerebral, comparando analfabetos, leitores e ex-iletrados.
Quando se aprende a ler, é como se uma armada vitoriosa chegasse às costas desprevenidas do nosso cérebro. Muda-o para sempre, conquistando territórios que eram utilizados para processar outros estímulos - para reconhecer faces, por exemplo - e estendendo a sua influência a áreas relacionadas, como o córtex auditivo, para criar a sua própria fortaleza: uma nova zona especializada, a Área da Forma Visual das Palavras. Isto acontece sempre, quer se tenha aprendido a ler aos seis anos ou já na idade adulta.
Esta é uma das conclusões de um estudo internacional publicado hoje na edição online da revista Science, em que participaram cientistas portugueses - e voluntários portugueses também, pessoas que aprenderam a ler já tarde na vida.

"Este é o primeiro trabalho que compara o cérebro de pessoas letradas e analfabetas, mas também de ex-iletradas (que aprenderam a ler em adultos)", explica José Morais, professor jubilado de Psicologia da Universidade Livre de Bruxelas e um dos autores do artigo.
Reciclagem neuronal
"Comparando o cérebro destas pessoas podemos ver o impacto da aprendizagem deste código no nosso cérebro", adianta Paulo Ventura, professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. "Trabalhámos sobre a hipótese da reciclagem neuronal, defendida pelo chefe da equipa, Stanislas Dehaene [do INSERM-Instituto Nacional da Saúde e da Investigação Médica francês]. A ideia é que, sendo a escrita algo relativamente recente na história humana, com cerca de 6000 anos, não houve tempo suficiente para que se desenvolvessem estruturas físicas no cérebro" com ela relacionadas, explica.
Na falta de ordens evolutivas codificadas no nosso ADN, o que acontece é que o cérebro de cada pessoa que aprende a ler se modifica para acomodar as novas capacidades, porque tem uma grande capacidade plástica. E a leitura recruta uma área cortical semelhante em todas as culturas humanas. Os cientistas estavam também interessados em perceber quais as funções desalojadas, digamos assim, pela nova área cerebral que é criada quando se aprende a ler, para além de compreenderem como passa a funcionar o cérebro leitor.
Dez analfabetos brasileiros, da região em torno de Brasília (com a idade média de 53,3 anos, e originários de meios rurais), 22 pessoas que aprenderam a ler em adultos (12 deles portugueses, alguns recrutados na zona de Paris) e 31 letrados (11 portugueses) foram os participantes.
"Foi difícil encontrar iletrados portugueses, até porque quando começámos o estudo, há três anos, acabaram os cursos de alfabetização para adultos, que era onde podíamos mais facilmente encontrar estas pessoas, quando se inscreviam", diz José Morais. "Em Portugal, felizmente, é cada vez mais difícil encontrar analfabetos.
Os cérebros dos voluntários recrutados foram analisados - observados em acção - quando resolviam uma série de testes. Para isso, foi usada a ressonância magnética funcional, um exame de imagiologia que permite medir os níveis de actividade nas diferentes zonas do cérebro num determinado momento.
"Os brasileiros foram testados no Brasil, através da rede de hospitais privados SARAH, de neurodiagnóstico e neurorreabilitação, mas quando o projecto começou, não havia em Portugal máquinas com potência suficiente. Fizemos uma ponte aérea com Paris", explica Paulo Ventura.
E o que descobriram então os cientistas sobre o que acontece ao cérebro de quem aprende a ler?
Nunca é tarde
Antes de mais, que nunca é tarde para aprender: "O cérebro dos ex-analfabetos só em poucas coisas difere do dos alfabetizados, está muito mais próximo destes", diz José Morais, ainda que as suas condições sócio-económicas se possam assemelhar mais à dos iletrados. "Ensinar alguém a ler na idade adulta tem os mesmos efeitos do que ensinar uma criança. É uma boa notícia, não há razão para desistir dos iletrados", sublinha.As diferenças entre o cérebro leitor e aquele dos que nunca aprenderam a ler é que são todo um rol. Por exemplo, no cérebro de quem lê, os exames de ressonância magnética revelam um aumento de actividade no córtex auditivo, quando vê uma palavra escrita. É activado quando temos de decidir se estamos perante uma palavra a sério ou um conjunto de letras sem nexo, ilustra José Morais.
"Poder-se-ia pensar que no córtex auditivo há uma extensão das áreas ligadas ao visual", diz o cientista ao telefone, a partir de Bruxelas. "É uma área envolvida no tratamento de fonemas, que são as unidades mais pequenas da fala. Curiosamente, os iletrados são incapazes de manipular as unidades fonéticas", contribui Paulo Ventura.
Finalmente, há o curioso roubar de terreno à área cerebral que processa o reconhecimento de rostos pela Área da Forma Visual das Palavras, que ganha terreno no córtex, quando se aprende a ler. "Há menos área dedicada a esta função anterior nos alfabetizados. A nova área rouba um bocadinho à antiga para lidar com a leitura. É como se os iletrados fossem melhores, entre aspas, a reconhecer os rostos, mas obviamente as diferenças são minúsculas", diz Paulo Ventura. O interessante disto, nota, é que "comprova a teoria da reciclagem neuronal
JORNAL O PÚBLICO
12.11.2010 - 08:40 Por Clara Barata
 
 
 

TRUQUES PARA LER MAIS E MELHOR

 
 
Não sabes o que ler?
 
É muito importante que leias de acordo com os teus gostos e não segundo os gostos dos teus pais ou vizinhos. Podes escolher romances, aventuras banda desenhada, livros sobre assuntos diversos... o importante é que o tema te interesse.

Treina frequentemente.
 
Quer estejas no teu quarto, na biblioteca, no sofá da sala, quer chova ou faça sol. esforça-te o mais possível a fim de melhorares as tuas competências de leitura. Quando a temperatura o permitir treina-te ao ar livre. Aproveita o tempo bom. Escolhe um local calmo e confortável, à sombra de uma árvore, num baloiço, numa rede, etc. ( mas atenção ao excesso de sol).
Evita ler muito tempo sem boa iluminação ou com o livro muito próximo dos olhos.
se seguires estes dois conselhos cansas menos os olhos e podes ler durante mais tempo.

Ler é grátis
 
Podes escolher um livro na biblioteca da escola ou na biblioteca municipal. É gratuito e deves aproveitar. Se não sabes que livros escolher os funcionários da biblioteca terão muito prazer em te orientar e te ajudar a descobrir novos mundos reais ou imaginários.

Ler é um acto solitário.
 
Quando lemos levantamos voo ao nosso ritmo, e nem sempre é fácil levar alguém connosco.

Partilha as tuas leituras
 
Há certos livros cuja leitura se torna divertida quando a partilhamos com amigos. Também é bom partilhar informações sobre o que estamos a ler. Partilhar experiências de leitura pode ser muito útil e enriquecedor.
 
 

O DESAFIO DE LER E ESCREVER

 
Escrever por interesse individual ou profissionalmente exige muito esforço e criatividade. O encarar com realismo esse desafio é comprometer-se, dar o melhor de sinum movimento constante de aprendizagem. As ações de ler, pensar e escrever completam-se.

O ler induz o leitor a pensar melhor e a escrever com mais clareza e espontaneidade. O pensar leva-o à leitura mais profunda e à escrita mais rápida. E o escrever provoca leituras mais intensas e a pensar com mais equilíbrio. Enfim, ler, pensar e escrever motivam qualquer aprendiz a gostar de aprender.

Apesar das vantagens no desenvolver essas habilidades na escola, a falta de leitura tem sido acusada, por educadores, como a principal responsável pelos prejuízos no ensino da língua, tais como: a incapacidade de fixar as normas ortográficas das palavras; a incoerência; o desconhecimento da literatura e dos dados culturais básicos; a pobreza do vocabulário e a limitação do pensamento e a ausência do hábito de ler.

Por outro lado, para não ler, estudantes argumentam a falta de tempo, a ausência de estímulos para saber sobre o passado e a inutilidade de ler livros para aprender algo, se vêem e ouvem tudo de modo mais confortável pelo rádio, pela televisão, por computadores, CDs, CD-Rom e outros meios da multimedia. Um universo de apreciadores de obras da comunicação maior do que de leitores propriamente ditos.

O pensar por si próprio, porém, atividade que requer tempo, concentração e interesse de aprender, envolve a construção de um sistema de convicções, um acervo de certezas bem fundamentadas, um conjunto de opiniões comprovadas na realidade, verdades assumidas, ou seja, uma boa formação intelectual, além de questionar, pesquisar, perguntar e repensar o que outros já pensaram. Nesse sentido, a habilidade de ler se presta a essa tarefa de repensar conceitos e de construir valores, captando a essência das palavras.
Quanto ao escrever, este constitui-se tarefa árdua, um trabalho manual e cansativo que não admite preguiça e sim disposição de começar e recomeçar, estruturar e reestruturar tantas vezes quantas necessário ao texto desejado. Esse trabalho auto-exigente depende de um esforço de criação, ordenação de idéias e organização de períodos e parágrafos que se traduz em um processo lento e de contínuas escolhas: o tema, o público–alvo, o modo de convencimento, as causas que motivam o texto e as suas finalidades. Um sujeito em busca de outros; uma busca solitária, mas com intenção plural em que o outro se faz presente no meu texto.

Assim, desde o rascunho até o ponto final do meu trabalho, as marcas da minha personalidade, da minha profissão, dos meus anseios, das minhas dificuldades e do meu ambiente cultural, estão impressas no meu texto; as minhas atividades se confundem com o meu ser e este se manifesta no meu escrever. É a minha confissão inconsciente. Escrevo o que sou e como sou, portanto, não devo escrever como os outros escrevem pelo risco de dizer o que não sou.

Para obter um estilo próprio é preciso que eu demonstre minha capacidade de dizer por escrito o que sou, de revelar ao máximo minha capacidade de expressão. No entanto, essa trajetória é aberta, pessoal e complexa; exige força de vontade, coragem e determinação para ir e vir, fazer e refazer, um processo que nunca se fecha, nunca se dá por acabado.
Portanto, ler, pensar, escrever, são os caminhos que estão sempre abertos para quem quer aprender. E quanto ao escrever, tanto o exercício quanto o hábito podem tornar um aprendiz autónomo e competente produtor de textos.

Ler, Pensar E Escrever Para Aprender A Aprender
publicado 4/07/2008 por Djalmira Sá Almeida em
http://www.webartigos.com (adaptado)

 
 

LER FAZ BEM!


... já todos ouvimos dizer, mas será que tens noção do que podes ganhar através da leitura?

Descobre aqui:

• Aquisição de conhecimento : com a leitura, ampliamos nosso conhecimento sobre assuntos específicos e gerais.

• Estímulo à brincadeira : a leitura ajuda-nos a relaxar, levando-nos ao mundo do faz-de-conta, onde podemos projetar nossas emoções sem nenhum risco.

• Estímulo à criatividade: a leitura mexe com a nossa imaginação, estimulando-nos a desenvolver prazerosamente nosso potencial criativo.

• Desenvolvimento da capacidade de argumentar : a leitura estimula-nos a desenvolver argumentos consistentes e bem fundamentados.

• Ampliação do vocabulário : com a leitura, conhecemos novas palavras e aprendemos a usá- -las em seus diferentes e ricos sentidos.

• Incentivo à reflexão e à formação de opinião : a leitura incentiva-nos a pensar, a refletir, a formar uma opinião, a por em xeque nossas convições e a chegar a uma conclusão.

• Ampliação do campo de visão : a leitura permite- -nos "ver" um assunto sob outras perspetivas, o que estimula nossa capacidade de aceitar o novo e o diferente.


• Confrontação de pontos de vista : a leitura leva - -nos a uma conversa com o autor, o que nos permite reforçar, esclarecer ou mudar nossos pontos de vista.

• Utilização dos recursos da linguagem : a leitura permite-nos aprender, com os bons autores, a utilizar, inventivamente, os recursos oferecidos pela linguagem.

• Correção gramatical : com a leitura, aprendemos a escrever bem, de forma correta, pela observação, ou seja, naturalmente, sem esforço.

• Estímulo ao pensamento abstrato : a leitura permite-nos perceber a realidade pelo ângulo da fantasia, o que amplia a nossa capacidade de pensar sobre o abstrato.

• Estímulo à imaginação : quando lemos, vemos apenas palavras, mas logo formamos cenas na nossa tela mental, o que é muito estimulante para a imaginação.

 

TUDO SOBRE D. JOÃO II

Mas afinal o que sabes sobre D.João II?
Vê no link

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