sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

DIA DOS NAMORADOS

O dia de S. Valentim

A origem do dia de S. Valentim está envolta em mistério, pois são variadas as lendas em seu redor. Há dois santos reconhecidos com o nome de Valentim, ou Valentinus, ambos mártires. . De entre as várias lendas, salienta-se uma que parece ser a que reúne maior consenso quanto à sua veracidade.

Créditos: https://www.geocaching.com/geocache/GC10TD6_dia-de-sao-valentim-lisboa

Havia um padre que viveu em Roma, no século III da Era Cristã chamado Valentim. Nessa altura, o Imperador Cláudio II enfrentava grandes dificuldades na recruta de novos soldados para as suas legiões e acreditava que os melhores soldados eram os solteiros. Então, resolveu cancelar todos os noivados e proibir todos os casamentos em Roma. Valentim, que considerava essa medida uma injustiça, continuou a celebrar clandestinamente casamentos de jovens. Quando soube das acções do padre, Cláudio ordenou a sua execução.

Na Idade Média, em França e em Inglaterra, S. Valentim era um dos santos mais importantes. Assim, no dia 14 de Fevereiro, os jovens sorteavam os nomes dos seus pares e os papéis com os nomes eram cosidos nas mangas durante uma semana. Usar um coração na manga da camisola era sinónimo de que a pessoa estava apaixonada, ou seja, "in love".


O cartão mais antigo que chegou até ao presente é já do século XV, de um jovem duque que estava preso em Londres e terá enviado vários poemas e bilhetes de amor à sua mulher, que estava em França.
A origem do Dia dos Namorados

Como muitas outras datas comemorativas católicas, a origem do dia está na Roma Antiga, nas festas anuais em honra do deus Luperco (protector dos rebanhos e pastores e que correspondia ao deus grego Pã) e Juno (deusa do amor), que aconteciam em meados de Fevereiro. 



No século V, estas comemorações foram incorporadas às tradições cristãs e celebradas no dia 14 de Fevereiro, em memória de São Valentim, um padre romano morto dois séculos antes. No século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como o dia da união dos namorados.

Actualmente, na Europa e na América do Norte, comemoramos o Dia dos Namorados a 14 de Fevereiro. Mas não é assim noutros locais. Assim, por exemplo no Brasil, essa comemoração acontece no dia 12 de Junho, nas vésperas do dia de Santo António, o famoso santo casamenteiro.


Os Lenços dos Namorados

São diferentes os costumes conforme os locais onde se passa o dia.Tipicamente portuguesa, a tradição dos “lenços dos namorados” ou “lenços de pedidos” remonta aos séculos XVII e XVIII, existindo por todo o País, sobretudo nas regiões do Minho, Beiras, Alentejo e Açores. Terão origem nos lenços que as meninas da nobreza, em idade casadoira, bordavam, a ponto de cruz, com dizeres de amor e brasões de família, em tons de vermelho e preto, muitas vezes com lantejoulas. Na hora do baile, com o lenço enfiado no cós do vestido, a rapariga deixava que o rapaz de quem gostava apanhasse o lenço e o usasse atado ao pescoço, em sinal de amor correspondido.


Mais tarde, em meados do século XIX , as mulheres do povo passaram a adoptar o lenço, bordando-o a seu gosto, em linho ou algodão, com forma quadrada e cores variadas. Assim, a moça, quando estava próxima da idade de casar, confeccionava o seu lenço bordado. Depois, o lenço ia ter às mãos do "namorado" ou "conversado". Então, se este o usasse por cima do casaco domingueiro, colocado ao pescoço, com o nó para a frente, era sinal de início do namoro. Em caso de amor não correspondido, o lenço seria devolvido à rapariga.

A temática nestes lenços é muito variada, embora sempre relacionada com o amor, e vai desde a representação de símbolos religiosos ligados ao acto do casamento (cruz, custódia, cibório), a testemunhos de acontecimentos marcantes em determinadas épocas, como a emigração para o Brasil ou a tropa, sendo também comum verem-se nalguns lenços cestas, cântaros e pipas bordadas numa alusão às vindimas e outros trabalhos agrícolas. As raparigas também bordavam quadras, uma data, um nome, ou outros dizeres amorosos, como a palavra amor, trocando, muitas vezes, os "vês" pelos "bês". Aliás, os lenços dos namorados ficam conhecidos exactamente pelos seus erros, demonstrando a baixa escolaridade das mulheres do campo e que, por tradição, ainda se reproduzem.


Vejamos alguns desses versos que encantam pela força com que afirmam os sentimentos da rapariga:


Bai lenço da minha mão
Bai currer a freguesia
Bai dar em formações
Da minha sabeduria


Curação por curação
Amor num troques o meu
Olha que o meu curação
Sempre foi lial ó teu


Meu Manel bai pró Brazil
Eu tamem bou no bapor
Gardado no coração
Daquele que é meu amor


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